Kiana Weltzien, uma jovem e bela americana de apenas 26 anos, chama atenção por sua simplicidade de vida: ela vive em um barco, mais precisamente em um catamarã. As informações são do jornalista Jorge de Souza, colunista do Uol.
A jovem tem esse estilo de vida há sete anos, desde que decidiu abandonar sua carreira como corretora de imóveis em Miami e viver no mar. Recentemente, ela chegou à Ilhabela, no Litoral Norte de São Paulo, após cruzar todo o Atlântico, partindo de Cabo Verde, na costa da África, em 43 dias.
O barco de Kiana é bastante peculiar e rústico. Batizado de “Mara Noka”, que significa “Pequena Ilha em Mar Calmo” em polinésio, o catamarã foi construído há 50 anos e parece duas canoas unidas por um grande tablado de madeira.
Os dois cascos onde fica a “cabine” são atados com cordas para que o barco tenha flexibilidade e não ofereça resistência ao mar. As velas são simples panos de algodão que frequentemente precisam ser costurados ou jogados fora após uma longa jornada. O mastro é apenas um poste de madeira, fincado no meio do tablado.
Vivendo em um barco simples
A vida a bordo é extremamente simples, a começar pelo banheiro, que é apenas um balde do lado de fora, e o chuveiro, que é um balde que despeja água sobre a cabeça.
A comida, geralmente peixe que ela mesma pesca, é preparada em uma cozinha improvisada. Kiana comprou o barco no Panamá com o pouco dinheiro que tinha e o reformou sozinha, cortando, lixando, pintando e aperfeiçoando.
“Muitos diziam para eu desistir, que aquilo não era serviço para uma mulher, que não iria conseguir, mas olha o barco aqui!”, comenta a americana-brasileira.
Para Kiana, a vida no mar é o sonho que ela sempre quis viver. Ela se sente duplamente em casa no Brasil, já que, apesar de ter nascido nos Estados Unidos, foi criada no país e fala português sem sotaque.
“Morei em um sítio em Atibaia dos quatro aos doze anos, e já estava com saudades do Brasil. Daí, peguei o meu barco e vim passar um tempo aqui”, conta.
Ela não tem muitos planos para o futuro, além de navegar pelo mundo enquanto puder, levando sua “casinha” junto. “Tenho hoje a vida que sempre quis ter quando me aposentasse, mas não precisei esperar por isso acontecer. Bastou mudar de vida e de valores”, conclui feliz.