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Como foram os shows nos dias mais populares do Rock in Rio?

Travis Scott performando vestindo uma camisa do Flamengo, clube de futebol carioca. Meses depois, o astro foi uma das maiores atrações no Rock in Rio.

Com sete dias de evento, o Rock in Rio é o maior festival de música da América Latina. Foram dois finais de semana, de 13 a 22 de setembro, repletos de atrações, que levaram cerca de 700 mil pessoas para a Cidade do Rock, no Rio de Janeiro. Rio-de-Janeiro, Akon!

A primeira (13) e a última data (22) do festival foram as mais concorridas e seus ingressos esgotaram rapidamente. As expectativas eram altas e nem toda atração agradou o exigente público do RiR. Fique por dentro do nosso review com os pontos altos e baixos desses dias.

🎤 Rap e Funk abrem o festival no dia 13 de setembro

O primeiro dia do festival foi um verdadeiro espetáculo de rap e funk, marcado pela alta expectativa para o show principal da noite: Travis Scott. Mesmo assim, as outras atrações não ficaram para trás e garantiram uma energia contagiante ao público!

🎯 Nossos destaques da primeira noite:

Além dos grandes shows nos palcos principais, Sunset e Mundo, as apresentações nos palcos Supernova e Favela também brilharam. Artistas como Major RD, TZ da Coronel, Borges, Slipmami e Kevin o Chris, comandaram o ritmo e quebraram tudo, mantendo o festival em alta em diferentes locais da Cidade do Rock.

No palco Sunset, Veigh e KayBlack roubaram a cena. O duo transformou o show em uma verdadeira batalha de hits, com Veigh trazendo o peso do seu segundo álbum “Dos Prédios Deluxe” e KayBlack, que migrou do funk para o trap, brilhando com faixas do EP “Contradições”. O público foi à loucura com a disputa no palco, que envolveu queima de fogos e pirotecnia. Ora Veigh dominava, ora KayBlack, mas no final, quem saiu ganhando foram os espectadores.

Veigh e KayBlack performando no Rock in Rio 2024, usando óculos escuros e roupas estilizadas, cada um com um microfone em mãos.

Outro grande destaque foi o trio Orochi, Chefin e Oruam, que merecia ter se apresentado no palco principal. Com fogos de artifício, labaredas de fogo e uma apresentação visualmente impressionante, eles mostraram que o palco Sunset talvez tenha sido pequeno demais para seu impacto. O público os ovacionou, e o show reforçou que o trio da Mainstreet deveria ter sido escalado para o Palco Mundo.

😬 Tá chegando a hora…

Ainda no Sunset, MC Cabelinho manteve o clima lá em cima. Com suas raízes no funk carioca, Cabelinho, criado na favela do Pavão-Pavãozinho-Cantagalo, tem se consolidado como uma das vozes mais autênticas da cena musical, com quase 10 milhões de ouvintes mensais no Spotify. Não por acaso, ele foi escolhido para aquecer o público antes da atração principal, Travis Scott. Durante sua apresentação, Cabelinho levou o público ao delírio com músicas famosas de seu repertório, apresentou faixas do seu novo álbum e ainda emocionou a plateia com uma performance romântica, acompanhado pelo coral das favelas. A mistura de sons e emoções garantiu um show inesquecível, que reafirmou o talento e a versatilidade do artista.

Quando Travis Scott subiu ao Palco Mundo, a energia atingiu o auge. Apesar de um atraso de 40 minutos e problemas técnicos, o rapper dominou o palco com batidas psicodélicas, letras provocativas e uma presença de palco arrebatadora. O público de 100 mil pessoas, foi ao delírio ao som de “FE!N”, tocada repetidamente. Ademais, “Sicko Mode” e “Goosebumps” também foram destaques, cantadas em sincronia e com milhares de celulares gravando cada momento. O figurino de Travis, inspirado em uniformes esportivos, e o mega telão criaram o ambiente distópico perfeito para sua estética apocalíptica. Além disso, foi o show mais alto da primeira semana do festival.

Para concluir, em “I know”, os fãs ficaram quase calados, apreciando. Aplaudiram nas pausas feitas por ele, em sinal de agradecimento, como acontece no fim de um solo de um show de jazz.

🕺 22 de setembro: o dia da nostalgia e dos clássicos

O último dia do Rock in Rio reuniu grandes nomes da música que marcaram gerações, trazendo um clima de nostalgia para o público do domingo (22). Mariah Carey, Akon, Ney Matogrosso, Alcione e Ne-Yo brilharam com sucessos consagrados, que são ouvidos até hoje. Separamos uma playlist com o melhor do R&B dos anos 2000 para você reviver esse dia!

💯 Nossos destaques da noite de encerramento:

Ne-Yo conquistou o público com sua fórmula infalível de sucessos dos anos 2000. O setlist incluiu grandes clássicos, como “Closer”, “So Sick”, “Miss Independent” e “Because of you”, além de músicas mais animadas, como “Timber” e “Time of our lives”. Em suma, uma setlist semelhante à que apresentou no The Town no ano passado, mas com a surpresa de uma participação especial do funkeiro MC Daniel. O paulista entrou para cantar “Vamo de Pagodin”, trazendo um toque brasileiro à noite.

Além disso, diante de tantos clássicos, a apresentação foi a mais barulhenta de todo o festival, com a plateia atingindo 131,3 decibéis. Essa medição foi realizada por decibelímetros instalados pela Dentsu Creative, a partir de uma iniciativa da agência LePub Brasil, que monitorou o som em tempo real para descobrir quais shows geraram mais ruído.

Ne-Yo cantando no Rock in Rio 2024, vestindo um elegante terno vermelho com chapéu combinando, segurando o microfone com estilo.

Mariah Carey, um dos nomes mais aguardados, não decepcionou. Com dois figurinos que foram muito comentados pelos fãs, a diva norte-americana entregou uma retrospectiva de sua carreira com hits famosos, mostrando sua técnica vocal impecável e sem recorrer ao playback. Sua apresentação se consolidou como uma das maiores da história do Palco Sunset.

Alcione conduziu a homenagem à sua carreira no Palco Sunset do Rock in Rio. A cantora encantou o público com sua poderosa voz, interpretando sucessos românticos ao lado de Diogo Nogueira, Maria Rita, Mart’Nália, Péricles e Majur. Quem havia acompanhado o Dia Brasil, no sábado, sentiu um déjà vu, já que Maria, Diogo e Alcione se apresentaram no mesmo horário e palco. Embora todos tenham se destacado com performances carismáticas, foi Péricles quem mais animou a plateia.

✨ Os mais jovens também tiveram seu espaço para brilhar!

A despedida desta edição, em comemoração aos 40 anos do festival, contou também com apresentações de artistas mais jovens, cada um com performances distintas. Luísa Sonza estreou no Palco Mundo do Rock in Rio com um show energético. A cantora apresentou 23 músicas, mesclando sucessos como “Braba” e “Modo Turbo” com faixas do seu  último álbum – “Escândalo Íntimo”, como “A Dona Aranha” e “Penhasco2”. Luísa destacou que a apresentação marca o “início do fim” dessa fase de sua carreira. Durante o show, ela também deu ênfase à música “Chico”, afirmando que foi feita “para ganhar um Grammy”, e destacou sua importância, apesar das polêmicas envolvendo o relacionamento com Chico Moedas. 

Shawn Mendes encerrou o evento, retornando aos palcos após uma pausa de dois anos. O cantor mostrou que amadureceu e trouxe um pouco de sua turnê “Wonder”, além de surpreender os fãs com quatro músicas inéditas, incluindo “Heart of Gold”.

😕 Esperávamos mais…

É normal que as expectativas sejam altas para o maior festival da América Latina, principalmente para artistas renomados. E nem sempre dá para acertar todas. Por isso, para nós, alguns artistas deixaram a desejar em suas performances:

  • Em primeiro lugar, estava previsto um feat entre Will e Teto no show do Matuê, contudo apenas uma música foi apresentada pelo trio. Além disso, o rapper cearense não embalou as músicas do seu novo álbum, lançado apenas 4 dias antes do festival;
  • Também esperávamos mais de 21 Savage. Apesar do seu repertório ser conhecido pelo público, sua apresentação não engajou os fãs como poderia. Sentimos falta de empenho na apresentação;
  • Por fim, nossas expectativas eram muito maiores para o show do Akon. O setlist não foi dos melhores e o público não reagiu bem ao uso de playback. Além disso, o cantor também cometeu uma gafe ao mencionar “São Paulo” ao invés do Rio de Janeiro. Por fim, o momento mais embaraçoso foi quando uma bolha inflável, na qual ele entrou para interagir com o público, estourou após poucos segundos. Akon ficou tímido e admitiu que queria fazer algo especial para a plateia, mas não conseguiu.
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