O Brasil está prestes a viver a maior revolução em sua infraestrutura aeroportuária. Com a proposta de reestruturar 130 aeroportos regionais, o governo federal tem como objetivo melhorar a conectividade entre as cidades. Além disso, também impulsionar a economia local e o turismo, especialmente em regiões pouco acessíveis. O plano audacioso visa integrar mais cidades ao sistema de aviação nacional e internacional, estreitando distâncias e permitindo que mais brasileiros e turistas tenham acesso a voos rápidos e eficientes.
A expansão de aeroportos: desafios e oportunidades
O governo federal, por meio do Ministério dos Portos e Aeroportos, anunciou a reestruturação de 130 aeroportos em três etapas estratégicas.
FASE 1 – O primeiro passo já está em andamento: a reforma de cerca de 30 aeroportos menores, que fazem parte de blocos de concessões de terminais de grande porte, como Congonhas (SP) e Manaus (AM). Essas reformas, que devem ser concluídas até o final de 2024, visam tornar o sistema mais eficiente e melhorar a qualidade do transporte aéreo regional.
FASE 2 – Em seguida, o projeto envolve a ampliação da participação da Infraero, a estatal brasileira que gerenciará novos aeroportos. Entre os 20 terminais que receberão investimentos, destaca-se o Aeroporto Internacional de Olímpia, em São Paulo, cuja modernização deve atrair mais turistas para a região, além de facilitar o deslocamento para outras partes do Brasil e do mundo.
FASE 3 – Por fim, a terceira etapa se distingue pelo modelo inovador de concessão, que visa integrar aeroportos regionais à gestão de grandes terminais, como o Aeroporto de Guarulhos (SP). Caso o modelo seja aprovado pelo Tribunal de Contas da União (TCU), cerca de 80 aeroportos regionais seriam administrados pelas mesmas concessionárias responsáveis por hubs internacionais, como o de Guarulhos. Essa interligação pode transformar a logística aérea no país, oferecendo mais opções de voos e aumentando a acessibilidade a regiões afastadas.
Benefícios para o Turismo e a Economia regional
O impacto dessa expansão será sentido principalmente no turismo e na economia local. Ao melhorar a conectividade aérea, o Brasil espera estimular o turismo em regiões que até então eram pouco exploradas. A ampliação da malha aérea não só tornará o transporte mais rápido e acessível, mas também abrirá novos horizontes para os turistas brasileiros e internacionais.
Regiões como o interior de São Paulo, o Nordeste e a Amazônia, por exemplo, que enfrentam desafios de infraestrutura e conectividade, poderão experimentar um crescimento substancial em setores como hospitalidade, alimentação e transporte local. O ministro Silvio Costa Filho destacou que o projeto é uma estratégia de longo prazo. Futuramente, terá benefícios diretos para áreas como saúde, onde a agilidade no transporte de pacientes será crucial, além do fomento à economia, com o aumento da oferta de empregos e serviços.
A maior conectividade também favorece o desenvolvimento de pequenas cidades que possuem grande potencial turístico, mas que ainda enfrentam dificuldades para atrair visitantes. A ampliação da rede aeroportuária pode transformar o turismo regional em um pilar de crescimento para muitos desses destinos.
Recordes na aviação
Enquanto o Brasil investe em sua infraestrutura interna, o país também se destaca no cenário internacional. O número de viajantes brasileiros para o exterior bateu recordes em 2024. Em novembro, o Brasil superou a marca de 2,1 milhões de passageiros em voos internacionais. Foi um aumento de 14% em relação ao mesmo mês de 2023. Esse crescimento reflete a recuperação do mercado aéreo e a expansão da conectividade do Brasil com outros países, especialmente com destinos populares como Chile, Portugal, Estados Unidos e Argentina.
Com um aumento de 17% no número de turistas que viajaram do Brasil para o exterior de janeiro a novembro de 2024, o país consolidou-se como um hub de turismo. Assim, fortalece sua presença no cenário global. Esses números são reflexo das ações estratégicas implementadas, como o Programa de Aceleração do Turismo Internacional (PATI), que busca expandir as ofertas de voos e promover o turismo no Brasil.
A qualidade dos aeroportos brasileiros
Sete aeroportos nacionais representam o Brasil entre os 50 melhores aeroportos do mundo. Conforme o relatório de 2024 da Airhelp, empresa especializada em análises de qualidade de terminais. A pesquisa considera aspectos como pontualidade, satisfação dos passageiros e qualidade de serviços como alimentação e lojas. Aeroportos como os de Brasília (DF), Belém (PA), Recife (PE), Belo Horizonte (MG), Porto Alegre (RS), Rio de Janeiro (RJ) e Curitiba (PR) estão acima de nomes renomados, como o de Christchurch (Nova Zelândia) e o de Seattle-Tacoma (EUA).
Melhores aeroportos de 2024 para a Airhelp
- Doha Hamad Airport 🇶🇦
- Cape Town Airport 🇿🇦
- Nagoya Chubu Airport 🇯🇵
- Osaka Itami Airport 🇯🇵
- Brasília–Presidente Juscelino Kubitschek Airport 🇧🇷
- Johannesburg OR Tambo Airport 🇿🇦
- Muscat Airport 🇴🇲
- Salt Lake City Airport 🇺🇸
- Belém Val-de-Cans Airport 🇧🇷
- Tokyo Narita Airport 🇯🇵
O futuro da aviação no Brasil
O Brasil está, sem dúvida, caminhando para um futuro promissor em termos de aviação. Com o investimento em infraestrutura e o aumento da conectividade, o país terá um sistema mais integrado e acessível. As melhorias no setor aeroportuário têm o potencial de transformar a economia regional, fortalecer o turismo e tornar o Brasil um destino ainda mais atrativo para turistas internacionais.