Era uma vez um músico jamaicano chamado Bob Marley, conhecido mundialmente por sua música reggae contagiante. Mas você sabia que ele também era um apaixonado por futebol? Pois é, e o Brasil foi o lugar perfeito para ele unir suas duas paixões: música e futebol. Vamos contar a história desse encontro épico e divertido que aconteceu no Rio de Janeiro.
Bob Marley, com seus 34 anos de idade na época, recebeu um convite irrecusável: jogar uma partida de futebol com ninguém menos que Chico Buarque e Moraes Moreira. O cantor jamaicano era um grande fã da seleção brasileira, tricampeã do mundo na época, e não pensou duas vezes em aceitar o convite. Ele explicou aos repórteres que a Jamaica amava futebol por causa do Brasil, mencionando jogadores lendários como Rivelino, Jairzinho e Pelé.
E assim, embarcando em um jato particular fretado pela famosa gravadora jamaicana Island Records, Bob Marley chegou ao Brasil acompanhado de sua comitiva, que incluía o guitarrista Junior Marvin, do grupo The Wailers, o cantor Jacob Miller, do grupo Inner Circle, e o executivo Chris Blackwell, fundador da Island Records, junto com sua esposa, a atriz e modelo Nathalie Delon.
Seu desejo ao chegar ao Rio de Janeiro era conhecer Gilberto Gil, que havia lançado uma versão de uma das músicas mais famosas de Marley, “No Woman, No Cry”, intitulada “Não Chore Mais”. Marley comentou que o reggae e o samba tinham raízes semelhantes, o mesmo calor e ritmo vibrante. Após desembarcar no aeroporto Santos Dumont, Marley e sua comitiva se hospedaram no Copacabana Palace e no Hotel Nacional em São Conrado.
Aqui vale destacar que Bob Marley era um torcedor fanático por futebol e não tinha um time favorito apenas. Na Jamaica, ele torcia pelo Boys Town, mas na Inglaterra era o Everton, na Escócia o Celtic, e no Brasil o Santos. Em sua visita ao Rio, Marley teve a honra de receber uma camisa 10 do Santos de presente de Pelé, o maior jogador de futebol de todos os tempos.
No dia seguinte, Bob Marley teve a oportunidade de realizar outro sonho: conhecer Paulo Cézar Caju, seu parceiro de futebol, também conhecido como Paulo Cézar Lima. Caju foi companheiro de Pelé na seleção brasileira que conquistou a Taça Jules Rimet no México, em 1970.
Mas o momento mais marcante dessa visita ao Brasil foi o jogo de futebol que aconteceu no Centro Recreativo Vinícius de Moraes, no Recreio dos Bandeirantes. O local era conhecido por ser o “estádio” do Politheama, o time de futebol fundado por Chico Buarque, que dizem nunca ter perdido uma partida oficial.
A pelada contou com a participação de diversos artistas, como Toquinho, Moraes Moreira e Alceu Valença.
Marley chegou às 15h50 e não perdeu a oportunidade de mostrar suas habilidades com a bola nos pés.
Apesar das opiniões divergentes sobre o talento de Marley como jogador, o jogo terminou com uma vitória de três a zero para o time do Politheama, com gols de Bob Marley, Paulo Cézar Caju e Chico Buarque. A partida durou apenas 20 minutos, mas foi o suficiente para criar memórias incríveis e momentos de descontração.
Além disso, Bob Marley aproveitou sua estadia no Rio para explorar a cidade e conhecer suas belezas naturais. Subiu o Morro da Urca, ficou encantado com o visual do Rio de Janeiro e desfrutou de momentos especiais com seus amigos e colegas de música.
E assim, o rei jamaicano do reggae deixou sua marca no Brasil, espalhando alegria, música e futebol por onde passou. Mesmo não tendo entrado em estúdio ou subido ao palco durante essa visita, Bob Marley mostrou que sua paixão pelo futebol era tão grande quanto sua paixão pela música. Um encontro inesquecível entre grandes artistas que deixou saudades e inspiração para todos aqueles que amam música e futebol.
Que tal se inspirar nessa história divertida e aproveitar para conhecer novos lugares, pessoas e culturas através de suas paixões? Quem sabe você não vive uma aventura tão incrível quanto a de Bob Marley no Brasil?