A alta temporada do turismo no verão do Hemisfério Norte está com tudo, como de costume. No entanto, o crescimento desse setor também traz desafios. Moradores de destinos populares, como cidades na Espanha e na ilha de Maiorca, têm protestado contra o turismo excessivo. Veneza, por exemplo, implementou uma taxa de entrada para turistas de cruzeiro devido ao grande fluxo de visitantes. Outras cidades, como Lisboa, Praga e Amsterdã, também enfrentam tensões crescentes entre turistas e residentes. O cenário tem levado à busca de novos caminhos para exploração dessa atividade econômica.
A ascensão das ilhas privadas
Uma solução que está ganhando força são as ilhas privadas. Desde a pandemia, as vendas de pacotes para esse tipo de destino aumentaram. Chris Krolow, fundador da Private Islands Inc., revela que as ilhas do Caribe e da América Central, como Belize e Bahamas, são as mais procuradas. A empresa de Krolow oferece cerca de 600 ilhas à venda, com preços que variam de US$26 mil a US$160 milhões.
Krolow destaca que manter uma ilha envolve custos significativos, como os de suprimentos e transporte. Além disso, empresas também estão investindo nesse mercado. Redes de hotéis e cruzeiros estão adquirindo ilhas para oferecer experiências exclusivas aos seus clientes. A Norwegian Cruise Line, por exemplo, possui duas ilhas privadas no Caribe, enquanto a Royal Caribbean investiu US$250 milhões em sua ilha nos Bahamas e planeja abrir novos destinos em Vanuatu e Haiti.
Desafios da propriedade de ilhas
Apesar da exclusividade, ser dono de uma ilha não é simples. Muitas estão localizadas em regiões de difícil acesso, como o norte da Escócia e Noruega, e exigem infraestrutura e manutenção complexas. Além disso, a compra de ilhas pode ser limitada por leis locais e regulamentos que variam entre países.
Não se sabe se as ilhas privadas vão reduzir a pressão sobre destinos turísticos populares. O certo é que o turismo global está se recuperando rápido.
