A economia da Argentina vive uma transformação profunda sob o governo do ultraliberal Javier Milei. Essas mudanças, no entanto, têm causado impactos diretos no turismo, afastando visitantes estrangeiros e incentivando os argentinos a buscarem destinos internacionais, com destaque para o Brasil.
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Turismo em queda
O número de turistas internacionais na Argentina caiu 30% em outubro de 2024, segundo o Instituto Nacional de Estatística (Indec). Enquanto isso, 24,7% mais argentinos viajaram ao exterior no mesmo período. Essa tendência reflete o encarecimento do turismo local, resultado de altas taxas de inflação e custos elevados em hospedagem, alimentação e compras.
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Em destinos turísticos tradicionais, como a Patagônia e as Cataratas do Iguaçu, o aumento dos preços desencoraja visitantes. Mesmo Buenos Aires, conhecida por sua cultura e gastronomia, enfrenta queda no turismo. Artigos como vestuário chegam a custar mais do que em cidades europeias.
Brasil é o destino preferido dos argentinos
A desvalorização do real, somada a preços mais competitivos, torna o Brasil uma alternativa atraente para turistas argentinos. Mais de 1,4 milhão de argentinos viajaram ao Brasil em 2024, destacando destinos como Rio de Janeiro e Florianópolis. O custo-benefício é evidente: passar férias em cidades brasileiras pode ser até 35% mais barato que em balneários argentinos como Mar del Plata.
Ponte Hercílio Luz, em Florianópolis.
Por outro lado, o fluxo de turistas brasileiros para o país vizinho caiu 20,3% em outubro. Assim, o cenário contrasta com anos anteriores, quando o peso desvalorizado favorecia o turismo brasileiro no país vizinho.
