Engana-se quem pensa que a idade é um empecilho para desbravar novos lugares. Com o tempo da aposentadoria e recursos acumulados ao longo da vida, muitos idosos aproveitam para viajar, seja de forma independente ou em excursões organizadas. Conforme pesquisa interna, eles representam cerca de 18% dos viajantes. Essas viagens e excursões promovem novas conexões e experiências que vão muito além da viagem em si.
📈 O Crescimento da população idosa e o impacto no Turismo
O Censo 2022 do IBGE revelou um crescimento de 57,4% na população idosa brasileira desde 2010. A expectativa é que o número de idosos chegue a 90 milhões até 2050, representando um desafio e uma oportunidade para o setor de turismo.
Essa “geração prateada”, que viveu uma longa vida de experiências, exige mais do que um bom atendimento. Eles buscam conforto, mobilidade e lazer em um só lugar. Assim, para atender a essa demanda, resorts investem em infraestrutura adaptada, com rampas, elevadores e atividades exclusivas, como aulas de hidroginástica e tratamentos no SPA, para uma estadia completa.
Além disso, visando ampliar o acesso a viagens para idosos, o governo lançou o programa Voa Brasil. Esse programa oferece passagens aéreas a preços fixos de R$200 para aposentados do INSS que não viajaram de avião nos últimos 12 meses.
Além disso, o Ministério do Turismo lançou a cartilha “Dicas para atender bem turistas idosos”, com orientações para prestadores de serviço sobre como atender esse público com respeito e dignidade, garantindo conforto, especialmente durante a baixa temporada.
🧓 A necessidade de inclusão
Apesar de serem grandes consumidores, muitos idosos afirmam não se sentir representados pela mídia ou por campanhas de marketing, incluindo as de destinos turísticos. Para conectar-se com esse público, é crucial adaptar a comunicação visual e incluir imagens reais de idosos, mostrando-os em atividades significativas.
Complementarmente, as empresas de turismo devem investir em equipes intergeracionais e capacitar seus profissionais para entender as necessidades desse público diverso, que vai desde pessoas com excelente saúde até aquelas com mobilidade reduzida ou outras dificuldades de adaptação.
Além disso, vale lembrar que o público sênior não é homogêneo. Há grande diversidade nas condições de saúde, mobilidade, preferências e possibilidades financeiras. Por isso, para proporcionar uma experiência satisfatória, é essencial segmentar adequadamente e oferecer serviços que atendam a essas necessidades variadas. Muitos idosos preferem opções com alimentação adaptada, por exemplo, já que uma nutrição balanceada é vital para eles. No entanto, 40% dos entrevistados afirmam ter dificuldade em encontrar opções de alimentos específicos em viagens.
Outro ponto importante é a acessibilidade. Além das adaptações em hotéis e resorts, os destinos precisam oferecer suporte adequado para quem necessita de auxílio em rampas, elevadores e barras de segurança. Essas adaptações não só garantem o conforto, mas também a segurança e o bem-estar dos viajantes idosos.
✈️ O Turismo para a Melhor Idade e as oportunidades de expansão
O turismo na melhor idade está em ascensão e prova que idade não é barreira para explorar o mundo. Esse público quer criar memórias e viver novas aventuras e o setor de turismo precisa estar preparado para atendê-los com respeito e empatia. Com a diversidade do público sênior em mente, as empresas que investirem em acessibilidade, personalização e representatividade estarão um passo à frente. Afinal, o que a geração prateada busca é viver de forma plena, explorando e aproveitando cada momento de suas vidas.