No interior das Minas Gerais, entre cachoeiras, rios e lagos, encontra-se Araxá, conhecida como a cidade das águas. Localizada no Triângulo Mineiro e a cerca de 370 quilômetros da capital Belo Horizonte, essa cidade guarda a lenda da fonte da eterna juventude.
Acredita-se que suas águas radioativas ou sulfurosas tenham o poder de cura e refrescância, retardando o envelhecimento. Elas seriam capazes de retardar o relógio do tempo e proporcionar milagrosos efeitos curativos ao corpo.
A história de Araxá está ligada à Dona Beja, uma mulher que viveu no século 19 em Minas Gerais. Com mais de 60 anos, Dona Beja tinha uma beleza estonteante e era chamada de bruxa, cortesã ou divindade.
Odiada pelas mulheres e amada pelos homens, ela enfrentou o preconceito da conservadora sociedade mineira e construiu um bordel, a Chácara do Jatobá, onde escolhia os homens com quem pretendia dormir em troca de favores, joias e dinheiro.
Com isso, arrematou fortunas e alimentou a lenda sobre a fonte milagrosa de águas termais e lama negra, responsável por sua eterna beleza.
Hoje em dia, Dona Beja dá nome a um museu, localizado no Centro de Araxá, a uma fonte de águas termais, localizada dentro do Grande Hotel de Araxá, e a uma cachaça típica da região.
As águas de Araxá
Araxá é conhecida por suas águas sulfurosas, que possuem alta temperatura devido à origem vulcânica, com grande presença de minérios e enxofre, e por suas águas radioativas, ricas em radônio, um gás nobre.
Desde o início, as pessoas vinham de longe para desfrutar dos benefícios para a saúde. Foi a partir de 1800 que o poder medicinal das águas ficou conhecido e a cidade começou a se desenvolver.
O Grande Hotel e Termas de Araxá é um dos pontos turísticos mais importantes do Circuito das Águas de Minas Gerais. Com nove pisos e aproximadamente 27 metros de altura, o hotel é uma construção no estilo colonial iniciada em 1938 e inaugurada em 1944 pelo então presidente Getúlio Vargas e pelo governador mineiro Benedito Valadares.