Se tem uma coisa que passamos com frequência na vida é pela experiência de discordar dos outros.
Isso acontece nas nossas amizades, na nossa família, no nosso trabalho, nas nossas relações amorosas… enfim, chato seria um mundo onde todos pensassem igual!
Mas como podemos passar por essa experiência de forma positiva? Principalmente em um ambiente tão rico em tomadas de decisão quanto o mundo corporativo?
A chave está no equilíbrio das relações. E isso vai bem além da personalidade de cada um. A nossa dinâmica relacional pode se dar de diversas formas dependendo de com quem estamos lidando. Por exemplo, para um amigo que é mais tolerante, nós podemos representar o papel “dominador”, enquanto que para aquela pessoa mais enérgica, nós podemos nos colocar como mais passivos.
Compreendendo melhor a maneira que esses papéis transitam entre si, é possível atuar para aprimorar a sua comunicação e argumentação quando entender que precisa ser mais claro no seu posicionamento, ou para elevar o outro quando se perceber predominando em uma discussão.
O que queremos garantir é a assertividade. Com o objetivo de que ambos os lados consigam expressar suas opiniões de forma autêntica, respeitosa, convergente com o que acreditam e em um ambiente seguro. Que haja espaço para aceitar as diferenças — poder discordar sem julgar a pessoa, mas sim a ideia.
“Entendi, mas como fazer isso na prática?”
Existem algumas coisinhas básicas que podemos manter em mente para ajudar nesse momento:
- Não leve para o lado pessoal: em um local de trabalho, pessoas diferentes pensam diferente. Isso não quer dizer que a pessoa não te respeite, não te admire, não entenda que existe uma possibilidade de a sua ideia dar certo. O ponto é que as experiências que ela passou e a forma dela de pensar levam ela a acreditar que outro caminho seria melhor;
- Reconheça o que é bom do outro lado: ainda que você discorde do cerne da questão, nada é 100% bom nem 100% ruim. Faça um pequeno esforço para buscar naquele contexto algo que seja positivo para você;
- Ouça para compreender e não para responder: é muito comum que em uma discussão que você esteja mais envolvido, você sinta aquela ansiedade para que a outra pessoa termine logo de falar para você conseguir expor o seu lado. O problema é que dessa forma, ninguém consegue entender o ponto de vista do outro. Tente, de verdade, compreender porque aquela ideia faz sentido para aquela pessoa;
- Use e abuse da comunicação não violenta: o jeito que a gente se expressa faz bem mais diferença do que a gente expressa. Falar o que você pensa de forma cuidadosa, usando frases que mostrem como aquilo te afeta e não julgando o outro, faz com que a pessoa na sua frente fique muito mais receptiva ao que você trouxer;
- Saiba quando seguir em frente: Faça como a Elsa e “let it go”! 😂 É importante lembrar que, mesmo após muito diálogo e ponderação, por N motivos, sua opinião pode não ser a que prevaleça. É chegada a hora então de engolir o orgulho (se for o caso) virar a página e se preparar para a próxima (que certamente vai acontecer)!
“Mas, entre razões e emoções, a saída é fazer… o quê?”
É importante lembrar que, para ser um bom tomador de decisão, é preciso ser bastante cuidadoso e ágil na escolha. É necessário estar ciente de todos esses pontos, usando a racionalidade e a emoção de forma comedida. A inteligência emocional é fundamental em processos como esses.
As emoções têm um papel bastante relevante na tomada de decisão. São elas que permitem que a gente se torne mais aberto a diferentes interpretações e análises de prós e contras, por exemplo, ou coloquemos aspectos da nossa experiência e intuição nas escolhas.
Desenvolver o controle sobre as suas emoções permite que você as use para ter ideias melhores, criar saídas inovadoras e equilibrar todos os riscos envolvidos.
Toda decisão envolve perdas e ganhos — o importante não é avaliar o que é melhor, mas sim o que é melhor agora. Não tenha medo de reconsiderar, de ser aberto quando o cenário mudar e de ser flexível ao ouvir diferentes opiniões: lembre-se, quanto mais diversas as visões, mais rico torna-se o ambiente!
E aí, vamos colocar em prática essas ideias?