Dennis Hyde, 42 anos, e Letícia Alves, 38, têm um objetivo ambicioso e inédito: conhecer todos os 74 parques nacionais do Brasil. Desde 2021, o casal viaja pelo país em um trailer de 4 metros quadrados, que transporta com uma caminhonete 4×4.
“Acreditamos que sem conhecê-los é impossível valorizá-los. E sem valorização não tem conservação”, diz Dennis.
Após uma viagem para o Piauí, o casal percebeu que precisavam conhecer e valorizar mais os patrimônios naturais do Brasil antes que fosse tarde. A intenção original era realizar uma visita à Serra da Capivara, um parque famoso por abrigar arte rupestre criada entre seis a 12 mil anos atrás.
“Decidimos ver o que mais tinha por ali e descobrimos que mais dois parques nacionais ficavam relativamente próximos: a Chapada das Mesas e a Serra das Confusões. O segundo é o maior parque nacional fora da Amazônia e tem quase um milhão de hectares. Isso dá quase oito vezes a cidade de São Paulo”, relata Dennis.
Embora o parque seja extenso, os dois se tornaram os ÚNICOS visitantes durante aquele mês, o que colocou uma pulga atrás da orelha do casal.
“Conversando com o Jadiel, nosso guia, perguntamos o que acontecia então no dia a dia, sem muitas visitas turísticas. Ele contou que tinha gente tirando árvores para fazer carvão, caça, várias atividades ilegais acontecendo. Os parques não têm cercas, não tem guardas”, completou.
Visitando parques nacionais no Brasil
“Pesquisamos quantos parques tinha, mas não encontramos essa informação. Foi mais fácil achar números de outros países, como Estados Unidos e Canadá do que do Brasil. Nos perguntamos: por que será? Começamos a mapear um por um e ver se eles não eram perigosos, se não era uma coisa impossível de chegar. E a gente viu que não, eles estavam lá para a gente visitar – e eram 74”, diz Dennis.
O projeto Entre Parques BR pode ser acompanhado pelo Instagram e pelo site do casal, que reúne informações e dicas para visitar os locais.
Flávia Campassi, especialista em conservação da biodiversidade, explica que a visitação é benéfica, mas deve ser feita de forma responsável e harmoniosa com o meio ambiente.
“A gente está aqui pelos parques, né? Por nós, em uma parte, mas mais pelos parques, porque acreditamos que sem conhecê-los é impossível valorizá-los. E sem valorização não tem conservação”, finaliza Dennis.
Imagine a sensação de liberdade de abandonar tudo o que você conhece, comprar uma motocicleta e sair pelo mundo sem pressa, sem datas e sem compromissos. Este é o caso de Serafim Fernandéz, com 71 anos, e Shirley Elena, com 70, um casal de idosos do Uruguai que decidiu vender tudo para realizar o sonho de viajar o mundo de moto.
O casal é formado em gestão de negócios, hotelaria e turismo e trabalhou nessa área por boa parte da vida. Com filhos, sem patrimônio e sem pressa para voltar para casa, eles decidiram dar um novo rumo à vida.
Venderam todos os móveis que tinham e investiram na motocicleta, embarcando numa viagem pelo mundo sem compromissos e sem data para acabar.
“Até agora, me sinto livre pela primeira vez, porque a gente sempre cuidou dos outros, fazendo serviços para outros, com qualidade. Tudo tinha que ser certinho. Hoje nós continuamos fazendo as coisas direito, mas para a gente e de uma forma espontânea. Não temos data, horário, nada. A gente está só andando”, conta Fernandéz.
Do Maranhão (eles viveram lá por 40 anos antes de saírem pela viagem) ao Tocantins (primeira parada), eles percorreram 1.400 km e pretendiam pilotar entre 200 km e 300 km por dia, sem pressa, para conhecer todas as capitais brasileiras.
Eles pararam na primeira capital, Palmas, onde foram recebidos calorosamente por motociclistas locais. O casal conquistou todos com sua coragem, alegria e disposição para viver a vida intensamente.
“Eles são muito animados. Uma das coisas que achamos interessante, que eles contaram para a gente, é que eles têm 40 anos de casados e falaram que não brigam porque não dá tempo. Eles estão sempre fazendo alguma coisa, são muito ativos. O tempo com eles está sendo sensacional”, conta o motociclista Daniela Canoli.
O necessário para viajar o mundo
Fernandéz e Shirley levam apenas o necessário para a viagem, vivendo de forma simples e intensa, apreciando a liberdade e a emoção de estar na estrada.
“Estamos vivendo de forma intensa e diferente do que tínhamos vivido e agora nos libertamos. Estamos completamente livres e nossa casa agora é a moto. Isso está sendo fantástico”, afirma Shirley.
A ideia do casal, no começo da viagem, era passar o Natal com a família no Uruguai. Enquanto isso, eles continuariam sua jornada pelo mundo, sem pressa e sem destino final, apenas desfrutando de cada momento da vida.
Se você está planejando uma viagem de aventura pelo mundo, a Hurb pode ser a sua melhor aliada. Esta plataforma de viagens oferece uma ampla variedade de opções de hospedagem, passeios turísticos, voos e outros serviços para tornar sua experiência ainda mais completa e inesquecível.
Você já pensou em abrir mão de um casamento tradicional, com cerimônia e festança, para fazer uma viagem que mudaria sua vida para sempre? O casal que você vai conhecer não pensou duas vezes em deixar a festa de casamento de lado para embarcar em um mochilão pelo mundo.
Bernardo, que tinha 29 anos na época, e Natália, 28, são um casal do Espírito Santo que decidiu que uma viagem inesquecível seria muito mais marcante do que uma festa de casamento.
Essa ideia meio maluca do mochilão começou a tomar forma quando Bernardo e Natália decidiram dar um passo adiante na relação. Depois de cinco anos de namoro à distância, eles resolveram que queriam mesmo era ficar juntos e partiram para o casamento.
Apesar de ter sido uma decisão difícil, o casal partiu com tudo para uma lua de mel dos sonhos depois do casamento civil. Claro que, para embarcar em uma viagem tão longa, eles precisaram deixar seus empregos e contar para suas famílias sobre seus planos.
Além disso, eles tiveram que planejar muito bem os gastos para que o orçamento apertado durasse os cinco meses de viagem. Segundo eles, o segredo foi fechar as passagens e hospedagens com antecedência para conseguir preços melhores (coisa que a Hurb tem o maior prazer em ajudar!).
Viajar com a pessoa amada é uma experiência incrível e inesquecível, mas nem tudo são flores. O casal Bernardo e Natália aprendeu muita coisa durante esses cinco meses pelo mundo e listou os pontos positivos e negativos de um mochilão a dois.
O lado bom da vida
Viajar é uma das experiências mais enriquecedoras que alguém pode ter na vida. Para Bernardo e Natália, um casal de jovens apaixonados por aventuras, a decisão de fazer um mochilão pela Europa por cinco meses foi uma das melhores escolhas que eles já fizeram.
Ao longo da viagem, eles puderam vivenciar momentos únicos e conhecer pessoas de diferentes culturas. Além disso, aprenderam muito sobre si mesmos e sobre a vida em geral.
Um dos pontos positivos dessa aventura foi o autoconhecimento. Eles tiveram tempo para refletir sobre suas vidas e olhar para dentro de si mesmos. Além disso, aprenderam a respeitar as diferenças, já que tiveram que tomar decisões em conjunto e conviver 24 horas por dia.
Conhecer outras culturas também foi algo muito importante. Eles tiveram a oportunidade de testemunhar os contrastes culturais que existem no mundo e fazer amizade com pessoas de diferentes países. Isso fez com que eles aprendessem a dar mais valor aos amigos e à família, que muitas vezes são deixados de lado quando se está próximo.
Outro ponto positivo foi a diminuição da ansiedade. Eles aprenderam a viver intensamente cada momento, sem se preocupar tanto com o próximo destino. Isso fez com que eles fossem mais gratos pelo que tinham e exigissem menos.
A participação conjunta em uma grande aventura também fortaleceu o relacionamento dos dois. Eles contam que isso amadureceu a relação e os uniu ainda mais.
Além disso, Bernardo teve a oportunidade de aprimorar suas habilidades fotográficas, enquanto Natália escrevia diários sobre os lugares que visitavam. Eles voltaram para casa com cinco meses de memórias inesquecíveis.
Por fim, aprenderam a se virar com pouca coisa. Com apenas uma mochila para cada um, eles levaram apenas o que era essencial para a viagem. Isso os fez repensar a forma como viviam e encaravam a vida.
Viajar é uma experiência que pode mudar a vida de qualquer pessoa. Para Bernardo e Natália, a viagem foi um marco em suas vidas, que os fez crescer e aprender muito sobre si mesmos e sobre o mundo ao seu redor.
Desafios de um mochilão em casal
Orçamento: como mencionado anteriormente, o orçamento da viagem foi apertado, o que exigiu planejamento e economia em diversas situações. Por exemplo, optar por hospedagens mais simples e baratas, fazer refeições em locais mais econômicos, entre outras medidas.
Adaptação: mesmo com toda a experiência de viagem que já possuíam, o casal teve que se adaptar a diferentes culturas, línguas e hábitos alimentares. Além disso, enfrentaram desafios físicos, como longas caminhadas e subidas íngremes em algumas das trilhas que percorreram.
Convivência constante: passar 24 horas por dia, 7 dias por semana juntos pode ser um desafio para qualquer casal. Bernardo e Natália precisaram exercitar a paciência e aprender a tomar decisões conjuntas, mesmo nas situações mais simples.
Comunicação: viajar para lugares onde a língua é diferente pode ser um desafio para a comunicação. Bernardo e Natália precisaram recorrer a aplicativos de tradução e usar a linguagem corporal em muitas situações.
Cansaço físico e mental: Viajar por tantos lugares e ter que lidar com a rotina de mochilão pode ser exaustivo. Ainda, a falta de um lugar fixo para chamar de lar pode trazer certa insegurança e instabilidade.
Conviver com limitações financeiras: Mesmo com planejamento, é difícil não passar por momentos de aperto financeiro.
Ausência de amigos e família: Não ter as pessoas queridas por perto pode ser um dos desafios mais difíceis em uma viagem de longa duração, mas também pode ser uma oportunidade para valorizá-las ainda mais.
Em resumo, trocar a festa de casamento por um mochilão pelo mundo pode ser uma opção incrível para quem busca uma experiência única e inesquecível.
Como em qualquer viagem, haverá desafios a serem enfrentados, mas também muitos aprendizados e momentos especiais. Para Bernardo e Natália, essa decisão mostrou que o verdadeiro amor é capaz de superar qualquer barreira, inclusive geográficas.