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Visita de Einstein ao Jardim Botânico vai completar 100 anos

Einstein

Em maio de 1925, Albert Einstein visitou o Rio de Janeiro como parte de sua turnê pela América do Sul. Reconhecido mundialmente pela teoria da relatividade, ele participou de conferências e encontros com líderes científicos e culturais. No entanto, sua visita ao Jardim Botânico destacou-se como um dos momentos mais marcantes de sua passagem pela cidade, mostrando sua profunda conexão com a natureza brasileira.

Em 2025, esse episódio histórico completará 100 anos, reafirmando a relevância dessa interação entre o cientista e a biodiversidade local.

O encontro de Einstein com o jequitibá

Einstein chegou ao Jardim Botânico em uma comitiva composta por sete automóveis. Ao chegar, foi recebido por Pacheco Leão, que era o presidente da instituição na época. Durante a caminhada pelo local, o físico mostrou curiosidade pela vegetação brasileira e prestou atenção especial ao jequitibá, uma das maiores árvores da Mata Atlântica.

Enquanto ouvia explicações detalhadas sobre a árvore, Einstein surpreendeu a todos com um gesto inusitado. Ele abraçou e beijou o tronco do jequitibá, evidenciando sua admiração pela grandiosidade da natureza local. Esse momento tornou-se um símbolo de sua visita.

Pacheco Leão, Albert Einstein e um rabino que acompanhava o físico (Foto: Reprodução/Jardim Botânico do Rio)

Impressões registradas por Einstein

No livro de visitantes do Jardim Botânico, Einstein escreveu que essa experiência foi “um dos maiores acontecimentos” de sua vida. Além disso, ele registrou em seu diário que o jardim “superava os sonhos das 1.001 noites”.

Por outro lado, Einstein destacou como a flora parecia “crescer a olhos vistos”, o que demonstra o impacto visual que o espaço teve sobre ele. Esses registros continuam a ser preservados como memória de sua marcante passagem pelo local.

História e importância do Jardim Botânico

O Jardim Botânico do Rio de Janeiro foi fundado em 1808 por D. João VI. Inicialmente, ele servia para aclimatar plantas exóticas ao clima tropical brasileiro. Com o passar dos anos, no entanto, o espaço transformou-se em um centro de pesquisa científica.

Além de suas contribuições científicas, o jardim tornou-se um local de lazer muito procurado por visitantes. Enquanto cientistas estudam a flora brasileira e desenvolvem produtos agrícolas, turistas encontram no espaço um refúgio verde no meio da cidade.

Hoje, o Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro continua vinculado ao Ministério do Meio Ambiente. O local abriga diversas espécies vegetais, nativas e exóticas, além de aves e pequenos animais. Além disso, oferece atrações como o Museu do Meio Ambiente e o Centro de Visitantes, ambos com entrada gratuita.

Outras atividades de Einstein no Brasil

Durante sua visita ao Brasil, Einstein também explorou o Centro do Rio de Janeiro, almoçou no Copacabana Palace e participou de palestras no Clube de Engenharia. Nessas palestras, ele discutiu ciência com especialistas locais, reforçando seu prestígio como um dos maiores cientistas de sua época.

Embora tenha recebido um tratamento caloroso, Einstein refletiu em seu diário sobre a intensidade dessa recepção. Ele considerava algumas reações exageradas, embora apreciasse o carinho demonstrado pelo público brasileiro.

Por fim, sua interação com o Jardim Botânico permanece como um dos episódios mais lembrados de sua estadia. Essa experiência simboliza o encontro entre ciência, cultura e natureza.

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