No dia 19 de abril, celebramos o Dia dos Povos Indígenas, uma data que nos convida a refletir sobre a rica diversidade cultural dos povos originários do Brasil. Uma forma significativa de homenagear essa data, dessa forma, é conhecer aldeias indígenas que recebem visitantes, proporcionando uma imersão em suas tradições, saberes ancestrais e modos de vida sustentáveis.
Neste artigo, então, apresentamos algumas comunidades indígenas abertas à visitação turística no Brasil, além de mencionar tribos isoladas, menos conhecidas do público, para ampliar nosso conhecimento sobre a pluralidade indígena no país.
Aldeias indígenas abertas à visitação turística no Brasil
1. Comunidades indígenas na região de Manaus (AM)
O estado do Amazonas é, decerto, o mais indígena do Brasil e abriga diversas comunidades que recebem visitantes interessados em vivenciar o etnoturismo. Destacam-se as comunidades Cipiá, Tatuyo, Diakuru e Tuyuka, por exemplo, localizadas na margem esquerda do Rio Negro, a cerca de 25 a 34 quilômetros da área urbana de Manaus. Portanto, o acesso é feito por via fluvial, com embarcações partindo da Marina do Davi, no bairro Tarumã.
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- Apresentações de danças e rituais tradicionais;
- Contação de histórias e lendas;
- Pinturas corporais e confecção de artesanatos;
- Trilhas pela floresta e degustação da culinária indígena.
Para agendar visitas, é possível entrar em contato diretamente com as comunidades, por telefone, e-mail e até Instagram.
2. Tribo Dessana Tukana – Aldeia Tupé (AM)
Localizada às margens do Rio Solimões, próxima a Manaus, a aldeia Tupé é lar da tribo Dessana Tukana. Ou seja, mais uma vez, o acesso é feito exclusivamente por barco, proporcionando uma jornada única pela floresta amazônica. Na aldeia, os visitantes são recebidos pelo pajé e podem participar de danças típicas, conhecer o artesanato local e aprender sobre a cultura Tukano.
3. Aldeia do Rio Silveira – Bertioga (SP)
Por fim, na divisa entre Bertioga e São Sebastião, no litoral paulista, encontra-se a aldeia do Rio Silveira, habitada por cerca de 500 indígenas da etnia Guarani. A comunidade mantém vivas as tradições ancestrais, com destaque para a preservação da língua guarani, ensinada às crianças até os sete anos. Sobretudo, os visitantes podem conhecer o artesanato local, participar de danças e músicas tradicionais, além de degustar a culinária típica.
Tribos indígenas isoladas no Brasil: um olhar respeitoso
Além das comunidades abertas à visitação, o Brasil abriga diversas tribos indígenas isoladas, que optaram por viver sem contato com a sociedade envolvente. Essas populações são protegidas por leis que garantem seu direito ao isolamento e à preservação de seus territórios.
Portanto, conhecer sua existência é fundamental para compreender a diversidade cultural e a importância da conservação da Amazônia.
1. Vale do Javari (AM): a maior concentração de povos isolados
Localizado no oeste do estado do Amazonas, na fronteira com o Peru, o Vale do Javari é a segunda maior terra indígena do Brasil e certamente abriga a maior concentração de povos indígenas isolados do mundo.
Estima-se que existam cerca de 26 grupos isolados na região, incluindo os Flecheiros, Isolados do Rio Pedra, Isolados do Rio Quixito, Isolados do Rio Jandiatuba, Isolados do Rio Esquerdo e Isolados do Igarapé São José. Todavia, essas comunidades vivem em áreas de difícil acesso, mantendo suas tradições e modos de vida ancestrais.
Turismo consciente e responsável
Ao visitar comunidades indígenas, contudo, é essencial adotar uma postura de respeito e responsabilidade:
- Respeite as tradições: siga as orientações dos anfitriões, participe das atividades com respeito e evite comportamentos invasivos.
- Valorize o artesanato local: adquirir produtos diretamente das comunidades contribui para a economia local e a preservação cultural.
- Evite o uso de penas e animais silvestres: a comercialização de produtos com partes de animais é ilegal e prejudica a fauna.
- Não fotografe sem permissão: sempre peça autorização antes de registrar imagens das pessoas e dos espaços.
O etnoturismo é uma oportunidade única de aprendizado e troca cultural.