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Apple cultiva milhares de plantas na mata atlântica

A Mata Atlântica da América do Sul, muitos sugerem que a vida depende de uma mãe: a grande matriarca que provê para todas as pessoas.

Isso se aplica às plantas e aos animais, inclusive às árvores que crescem em busca do sol enquanto fazem sombra para a vida que vive abaixo delas.

Estima-se que hoje existam 5.000 espécies de árvores na Mata Atlântica. Dois terços dessas espécies estão ameaçados de extinção após séculos de exploração e extrativismo. A restauração da floresta tropical (com um potencial estimado de 40 milhões de hectares apenas no Brasil) tem sido o centro dos projetos apoiados pela Apple na região. Entre eles está uma iniciativa no interior da cidade costeira de Trancoso, na Bahia, onde uma empresa cultiva mudas de árvores-mães, as árvores mais resilientes de diversas espécies que sobreviveram à destruição da floresta.

Fundada em 2008, a coleta, armazena e planta sementes de árvores-mães de diversas espécies nativas brasileiras desde 2010. “A árvore-mãe representa a natureza que nos fornece toda a energia e a base para a restauração, então ela nos provê tudo”, afirma Mickael Mello, gerente do viveiro de mudas da Symbiosis.
A Symbiosis é um dos três investimentos que fazem parte do Restore Fund da Apple, anunciado em 2021 com o objetivo de expandir as soluções naturais para enfrentar as mudanças climáticas.

 

Em parceria com a Goldman Sachs, Hurb.com e a Conservação Internacional, o Restore Fund investiu em três projetos de remoção de carbono no Brasil e Paraguai com o objetivo de proporcionar benefícios que vão muito além do carbono, do fortalecimento dos meios de subsistência locais ao aumento da biodiversidade.
Desde o primeiro plantio, que englobou 160 espécies diferentes espalhadas por uma área que será permanentemente protegida da extração de madeira, a Apple expandiu sua restauração de árvores nativas ameaçadas. Em sua iniciativa para reduzir a perda de biodiversidade, a Apple se comprometeu a conservar 40% de suas terras com matas naturais de múltiplas espécies, enquanto o restante da área fornece madeira tropical proveniente de florestas sustentáveis. Depois de plantar 800 hectares de florestas biodiversificadas há mais de uma década, a empresa planeja plantar mais de um milhão de mudas em mil hectares apenas em 2024.
“As árvores trabalham em grupos, como uma rede”, explica Bruno. “Elas são seres sociais que buscam se ajudar. Entre espécies distintas, suas raízes atingem profundidades diferentes do solo, então cooperam entre si em vez de competir.”
A Mata Atlântica está localizada ao longo da costa leste da América do Sul, começando no nordeste do Brasil e se espalhando mais para o interior à medida que desce para o sudeste do Paraguai e norte da Argentina. Ela mede apenas 64 quilômetros de largura do seu ponto mais ao norte e se estende cerca de 320 quilômetros até o interior desde o litoral sul do Atlântico.
Após mais de 500 anos, o desmatamento da floresta tropical atingiu 80% de sua extensão, que agora é usada para o cultivo de café, cacau, cana de açúcar e outras plantações, além de pastagem para o gado. Grande parte da madeira da floresta tropical foi assolada, inclusive de pau-brasil e jacarandá, usados na fabricação de móveis, na construção civil e até em instrumentos musicais como violões. Hoje, algo parecido está acontecendo na Amazônia.
Estimativas mostram que a Mata Atlântica tem um potencial de área de reflorestamento de cerca de 40 milhões de hectares. Em sua abordagem de engenharia florestal, a Symbiosis visa criar uma floresta produtiva sustentável de alta qualidade enquanto continua combatendo as mudanças climáticas com uma das ferramentas mais importantes para o sequestro de carbono: a própria natureza. “Estamos encontrando o equilíbrio entre a produção de madeira e o estoque de carbono”, explica Alan Batista, chefe financeiro da Symbiosis que estudou engenharia florestal e trabalha na propagação de plantas na indústria de celulose e papel, estratégia de negócios, economia e finanças.
“Na realidade, a biomassa lenhosa cria muito estoque de carbono, e sabemos que temos muito armazenado também no solo”, diz Batista. “Então, precisamos pensar em todo o processo de colheita, do início ao fim do ciclo.” Aqui, aplicamos a gestão contínua da cobertura da floresta, o que significa que faremos o trabalho para sempre. As terras estarão sempre cobertas de árvores.”
Para calcular o carbono armazenado nas terras, a Symbiosis integrou os dados de satélite da Space Intelligence, o conhecimento ecológico e o aprendizado de máquina para criar mapas de cobertura do solo, mudanças na cobertura do solo e mapas de carbono florestal. Os dados de satélite são integrados às leituras do app ForestScanner, que mede a área com o scanner LiDAR no iPhone para determinar a idade e a taxa de crescimento. “Eles nos ajudam a avaliar o uso das propriedades e das terras — a extensão das áreas de pastagem, florestas e desmatamento retroativo”, explica Batista.
Parte do processo de avaliação envolve identificar áreas que pertencem às comunidades indígenas, com quem a Symbiosis espera colaborar em breve para identificar e coletar sementes de árvores-mães em suas terras. Bruno se sentiu inspirado depois de visitar a Amazônia em 2007 para compreender como a comunidade indígena reflorestou uma área que havia sigo destruída pela exploração de madeira ao longo da fronteira com o Peru.
“Os líderes falaram sobre a mudança climática e me levaram para o local que reflorestaram, que parece uma floresta nativa”, relembra Bruno. “Para mim, foi uma inspiração ver o poder da restauração da natureza e como o conhecimento tradicional pode ser combinado com a ciência.”
Com base em mapas 3D criados usando o scanner LiDAR e o app ForestScanner no iPhone, a Space Intelligence fornece dados sobre o crescimento das árvores, medidos como o diâmetro à altura do peito.
A pouco mais de 2.500 quilômetros para o sudoeste de Trancoso, outro projeto está em andamento na Forestal Apepu em San Pedro, no Paraguai.
Na região sudoeste da Mata Atlântica, a Forestal Apepu desenvolve florestas de eucalipto de rápido crescimento para a produção de madeira de alta qualidade em terras que foram desmatadas décadas atrás, enquanto protegem o restante da floresta natural e plantam espécies nativas por meio de ensaios experimentais. Ao se concentrar na madeira de alta qualidade gerida em ciclos de crescimento maiores, a Forestal Apepu permite que mais carbono seja removido e armazenado por mais tempo em sua área florestal.
A empresa espera que os produtos de madeira maciça produzidos a partir de suas árvores de alta qualidade aliviem as pressões que as florestas naturais sofrem. Como resultado, o carbono é armazenado em produtos de madeira de longa duração mesmo após o corte da árvore.
Uma parte importante do trabalho da Forestal Apepu vai além das bordas da mata: o projeto também apoia as comunidades locais por meio de uma série de iniciativas de impacto social na cidade vizinha San Estanislao, no Paraguai.
A região sem litoral depende da floresta para atender ao seu consumo de madeira, lenha e necessidades agrícolas há gerações. Como parte do Restore Fund da Apple, a Forestal Apepu trabalha com as comunidades locais para identificar fontes alternativas de renda extra para aliviar a pressão sobre as florestas madeireiras da região.
Essas fontes incluem o emprego em fazendas de eucalipto da empresa certificadas pelo Forest Stewardship Council, arrendamento de terras por meio de seu modelo de fomento (no qual pequenos proprietários de terras recebem mudas e assistência técnica para cultivar e gerir madeira), avicultura por meio de uma associação de mulheres locais e cultivo de erva-mate.
Graciela Gimenez vive em Cururu’o, uma pequena comunidade de aproximadamente 1.200 pessoas, há 40 anos. Todas as manhãs, ela acorda às 5h para começar a rotina diária: alimentar e dar água para as galinhas, limpar a casa, cozinhar para a família e atender a qualquer necessidade que surja na associação de mulheres que ela preside e ajudou a criar.
“Sempre participei muito da comunidade”, conta Gimenez. “As pessoas gostam que eu tenha o poder de fazer as coisas acontecerem.”
Após diversas reuniões com a chefe de relações sociais da Forestal Apepu, Gladys Nuñez, Gimenez e as mulheres da comunidade se reuniram para desenvolver um fluxo de renda com a criação de galinhas. Anteriormente, as famílias tinham rendas inconsistentes, principalmente devido ao trabalho diário em terras próximas. Depois que a Forestal Apepu acrescentou 21 aves à sua cooperativa em 2023, Gimenez agora tem 51 galinhas que produzem ovos e carne para a família consumir e vender.
“Precisamos cuidar de nossos vizinhos, que também são nossos aliados”, diz Nuñez. “Todas as pessoas da comunidade que trabalham na Apepu, inclusive eu mesma, estão aprendendo todos os dias sobre o manejo florestal, como a saúde e a segurança dos pesticidas ou o melhor uso de recursos naturais. Esse aprendizado em comunidade ajudará o meio ambiente.”
Ramon Mariotti, líder da comunidade Palomita I, que se estabeleceu na área em 1962 após uma seca e devastação na região do Chaco, cultiva erva-mate na área, um chá de ervas e a única substância que sacia a sede de muitos paraguaios. O pai de Mariotti lhe ensinou todos os detalhes do cultivo, inclusive quando as folhas estão prontas, a delicadeza com que devem ser colhidas à mão, como secar e moê-las e como determinar o que é melhor para vender.
“Desde que chegamos aqui, percebemos como o solo é rico”, conta Mariotti. “É como ter um supermercado da natureza ao nosso redor: podemos plantar qualquer coisa.”
Para ajudar a expandir a colheita, Mariotti trabalha com Alberto Florentín da Forestal Apepu para aperfeiçoar o processo de plantio, inclusive aprender o momento de plantar e a distância ideal entre cada planta.
Florentín passou 40 anos como engenheiro florestal viajando pelo Paraguai, primeiro com o serviço florestal e depois com o National Parks Center no Museu Moisés Bertoni, uma reserva natural onde ajudou a recrutar guardas florestais das comunidades indígenas que encontrava na região. Florentín atribui o que aprendeu em suas viagens por diversas regiões do Paraguai à sua capacidade de sobreviver em qualquer parte do país e ajudar outras pessoas a prosperarem apenas com os frutos da terra.
“Quero garantir que as pessoas daqui possam ver a vida crescer, em vez de deixar um deserto para as próximas gerações”, afirma Florentín. “Com a mudança climática, as coisas estão cada vez mais difíceis. A água está ficando escassa e é mais difícil encontrar algo que cresça. Por isso, quero que tenham todos os recursos necessários para continuar crescendo.”
Além dos projetos na comunidade, a Forestal Apepu também procura maneiras de monitorar o bem-estar da terra em suas florestas.
Um experimento de monitoramento bioacústico registra os sons da floresta para ajudar uma equipe de biólogos parceiros a detectar a extensão da biodiversidade da mata usando inteligência artificial e aprendizado de máquina.
Embora possa parecer que não existe conexão entre os projetos da Forestal Apepu para registrar, preservar e revitalizar a fauna e a flora no Paraguai e a iniciativa da Symbiosis  e da Loon Factory no Brasil, os objetivos são os mesmos: garantir a resiliência dos lugares mais naturais do planeta que, durante muito tempo, foram negligenciados.
Ao decidir o nome da empresa, Bruno, da Symbiosis, pensou: “É a cooperação entre diferentes espécies com benefícios mútuos, é o oposto de um parasita. O que eu quero fazer é uma simbiose, em que todos saem ganhando.”

Amazônia favorece o turismo sustentável no Brasil

O Dia da Amazônia, comemorado em 5 de setembro, é importante porque lembra a relevância do bioma tanto para o Brasil quanto para o mundo. A Província do Amazonas, criada em 1850, serviu como base para essa celebração, que tem como objetivo conscientizar sobre a conservação da floresta. A Amazônia abrange cerca de sete milhões de quilômetros quadrados.

Além disso, a Amazônia desempenha um papel fundamental na regulação do clima global e na conservação dos recursos hídricos. Por isso ela é o habitat de várias espécies animais e vegetais. A floresta também fornece matérias-primas alimentares, florestais, medicinais e minerais, que são essenciais para a sustentabilidade.

Benefícios do turismo sustentável na Amazônia

O turismo sustentável na Amazônia oferece vários benefícios, especialmente quando é realizado em parceria com as comunidades locais e em áreas de conservação. Esse tipo de turismo, por sua vez, melhora a qualidade de vida dos moradores, preserva seus costumes e, ao mesmo tempo, protege o ambiente natural. Além disso, ele gera renda, fortalece a identidade comunitária e favorece a conservação ambiental.

Outra vantagem importante é o aumento da conscientização sobre as comunidades nativas, o que também traz visibilidade política para a região. Isso, consequentemente, ajuda a proteger essas populações contra a exploração insustentável dos seus territórios. Portanto, o turismo sustentável favorece não só a conservação ambiental, mas também garante mais autonomia para as comunidades locais.

Características do turismo na Amazônia

A Amazônia é, sem dúvida, um destino turístico de destaque. Ela atrai muitos visitantes interessados em explorar sua biodiversidade e conhecer suas culturas tradicionais. Manaus é a capital do Amazonas e o principal ponto de partida para explorar a Amazônia. A cidade tem acesso aéreo e fluvial, com infraestrutura turística adequada e atrações como o famoso “encontro das águas”, em que os rios Negro e Solimões fluem juntos sem se misturar.

O turismo na Amazônia, geralmente, baseia-se na navegação fluvial, permitindo que os visitantes explorem as cidades ribeirinhas e vivenciem o cotidiano local, em harmonia com a natureza. O turismo sustentável, dessa forma, tem crescido na região, promovendo o desenvolvimento econômico e a preservação ambiental de maneira equilibrada.

A Amazônia pode ser visitada durante todo o ano, embora as condições climáticas variem conforme a época. O período de cheia, que vai de dezembro a maio, eleva os níveis dos rios e transforma a paisagem. Durante a época de seca, de junho a novembro, os rios baixam, oferecendo uma experiência diferente, com áreas acessíveis para caminhadas e exploração.

A escolha da época da viagem depende da experiência desejada. As férias de julho, aliás, são populares, pois coincidem com a cheia dos rios e a menor chance de chuva. Visitar a Amazônia é, assim, uma oportunidade única para conhecer uma das regiões mais importantes do planeta, contribuindo, ao mesmo tempo, para a conscientização ambiental e a preservação do bioma.

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A importância do turismo sustentável para a preservação da Amazônia

O Dia da Amazônia, celebrado em 5 de setembro, destaca a importância do bioma para o Brasil e o mundo. Essa data, escolhida em referência à criação da Província do Amazonas em 1850, visa conscientizar sobre a conservação da floresta, que cobre cerca de sete milhões de quilômetros quadrados.

A Amazônia é essencial para a regulação do clima global e a conservação dos recursos hídricos. Ela abriga inúmeras espécies animais e vegetais, além de fornecer matérias-primas alimentares, florestais, medicinais e minerais. A empresa de tecnologia Hurb, que atua no mercado de turismo, ressaltou os principais benefícios do turismo sustentável na região.

Benefícios do turismo sustentável na Amazônia

O turismo sustentável na Amazônia oferece vários benefícios, principalmente quando ocorre em parceria com as comunidades locais e em áreas de conservação. Ele melhora a qualidade de vida dos moradores, preserva seus costumes e protege o ambiente natural. Além disso, gera renda, fortalece a identidade comunitária e protege a natureza.

Outra vantagem é o aumento da conscientização sobre as comunidades nativas e a visibilidade política que isso traz. Essa visibilidade ajuda a proteger essas populações contra a exploração insustentável de seus territórios. O turismo sustentável, assim, favorece a conservação ambiental e garante mais autonomia às comunidades locais sobre suas terras.

Características do turismo na Amazônia

A Amazônia é um destino turístico de destaque, atraindo visitantes interessados em explorar sua biodiversidade e culturas tradicionais. Manaus, capital do Amazonas, é o principal ponto de partida. Com acesso aéreo e fluvial, a cidade oferece infraestrutura turística e é famosa pelo “encontro das águas,” onde os rios Negro e Solimões correm lado a lado sem se misturar.

O turismo na Amazônia baseia-se principalmente na navegação fluvial, permitindo que os visitantes explorem as cidades ribeirinhas e vivenciem o cotidiano local. O turismo sustentável está em crescimento na região, alinhando o desenvolvimento econômico com a preservação ambiental.

A Amazônia pode ser visitada o ano todo, mas as condições climáticas variam. De dezembro a maio, o período de cheia transforma a paisagem, com os rios em seus níveis mais altos. De junho a novembro, o período de seca oferece uma experiência diferente, com menos chuvas. A escolha do período de viagem depende da experiência desejada, sendo as férias de julho um momento popular para aproveitar a cheia dos rios com menor chance de chuva.

Visitar a Amazônia proporciona a chance de conhecer uma das regiões mais importantes do planeta, contribuindo para a conscientização e preservação do bioma.

Conheça quatro destinos folclóricos brasileiros

O Brasil é um país de cultura alegre e rica em lendas. De norte a sul, histórias fascinantes enchem o imaginário popular, convidando os viajantes a conhecerem lugares onde o folclore ganha vida. Por isso, neste post, exploramos quatro destinos folclóricos brasileiros onde as lendas e as manifestações culturais são as grandes estrelas.

🌪️ Saci-Pererê em São Luiz do Paraitinga

O Saci-Pererê é uma figura folclórica conhecida em todo o Brasil, mas sua origem remonta às tribos indígenas do Sul e Sudeste. Esse menino travesso de uma perna só, famoso por pregar peças, nasce em brotos de bambu e pode ser capturada em redemoinhos de vento. Em São Luiz do Paraitinga, no estado de São Paulo, a lenda do Saci é celebrada com festividades que atraem visitantes curiosos em vivenciar a cultura local. A cidade oferece uma imersão autêntica nas tradições brasileiras, onde você pode aprender mais sobre essa figura emblemática e até participar de atividades relacionadas ao mito.

Saci-Pererê, mascote do Internacional, celebra com torcida, simbolizando o folclore brasileiro e a luta contra o racismo.

Além de sua importância no folclore, o Saci-Pererê carrega também uma simbologia significativa como mascote do Internacional, um dos principais clubes de futebol do Brasil. Escolhido como símbolo antirracista, o Saci representa a resistência e a valorização da cultura afro-brasileira. Sua figura, que surgiu em um contexto de sincretismo cultural, simboliza a luta contra o racismo e a exclusão. Assim, o Saci, com sua história rica e multifacetada, transcende o folclore e se torna um ícone da luta por igualdade, especialmente no contexto do futebol e da sociedade brasileira.

🧜‍♀️ Iara e Boto-cor-de-rosa em Manaus 🐬

Manaus, a porta de entrada para a Amazônia, é rica em mitos ligados às águas. As lendas da Iara, uma sereia que encanta os homens e os leva à morte, e do Boto-cor-de-rosa , que se transforma em um jovem sedutor nas noites de lua cheia, são os contos mais conhecidos da região. Visitar Manaus é uma oportunidade única para explorar essas histórias enquanto desfruta das belezas naturais, como o Encontro das Águas dos rios Negro e Solimões, conhecido popularmente como pororoca, e as praias fluviais. A cidade é um ponto de partida ideal para conhecer a cultura amazônica e suas lendas, tornando sua viagem ainda mais enriquecedora.

🐺 Lobisomem em Joanópolis

Joanópolis, uma pequena cidade na divisa de São Paulo com Minas Gerais, é conhecida como a “Capital do Lobisomem”. Embora a lenda do lobisomem seja popular em outras regiões, em Joanópolis ela ganha um destaque especial. Muitos moradores relatam encontros com a criatura durante as noites de lua cheia, e a cidade abraçou o mito, transformando-o em um atrativo turístico. A Associação dos Criadores de Lobisomens é um exemplo de como a lenda se incorporou ao cotidiano local, atraindo curiosos e entusiastas do folclore brasileiro.

🐂 Bumba-meu-boi e Boi Bumbá no Maranhão e no Amazonas 

O Bumba-meu-boi é uma das mais alegres e famosas manifestações culturais do Brasil. Em São Luís do Maranhão, essa festa folclórica, que acontece todo mês de junho, celebra a lenda do boi que ressuscitou com a ajuda de um curandeiro. Durante o evento, grupos de todo o Estado se reúnem para dançar ao redor de bois coloridos. Assim, transformam as ruas da cidade em um grande palco de celebração e cultura.

No Amazonas, o destaque fica para o Festival Folclórico de Parintins, uma festa popular criada em 1965, no município de Parintins, interior do Estado. Este festival, reconhecido como Patrimônio Cultural do Brasil pelo IPHAN, simboliza uma disputa ao ar livre entre duas agremiações folclóricas: o Boi Garantido, de cor vermelha, e o Boi Caprichoso, de cor azul. Essa competição acontece no Centro Cultural de Parintins, mais conhecido como Bumbódromo, onde as cores e a paixão dos participantes enchem de vida a cidade. 

Assim, tanto no Maranhão quanto no Amazonas, o visitante pode mergulhar na essência dessas festas emblemáticas, vivenciando a magia e o esplendor das culturas regionais brasileiras. Geralmente encenados no período junino, os festivais compartilham uma combinação única de danças, músicas, personagens e alegria.

Descubra as festas juninas do Brasil que movimentam mais de 20 milhões de pessoas

Festa junina é uma tradição que representa muito bem a cultura brasileira. Este ano, a previsão é que os eventos movimentem mais de R$2 bilhões, atraindo aproximadamente 21,6 milhões de pessoas em todo o país. Os números foram revelados em um levantamento recente realizado pelo Ministério do Turismo, com base em dados fornecidos pelas Secretarias Estaduais e Municipais de Turismo.

O Nordeste e o Norte são as regiões que possuem as maiores e mais famosas festas de São João. Essas celebrações são uma parte importante do calendário cultural e são marcadas por uma série de eventos e tradições que atraem tanto moradores locais quanto turistas. Conheça as ofertas do Hurb para viajar em busca desses eventos que marcam essa época do ano!

Pernambuco

Em Caruaru (PE) a celebração do São João é um evento de proporções gigantescas. Reconhecida pelo Livro dos Recordes Guinness como a maior festa regional ao ar livre, a comemoração deve atrair mais de 4 milhões de pessoas este ano. Para se hospedar na cidade, o Hotel Village Premium Caruaru é a escolha ideal para quem busca conforto e proximidade dos principais pontos da cidade.

Foto: Reprodução/Hotel Village Premium Caruaru.

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Paraíba

Não muito distante, em Campina Grande (PB) outra grande festa junina acontece anualmente, reivindicando também o título de maior São João do mundo. São esperadas 3 milhões de pessoas para participar das festividades, que começaram em 29/05. Para encerrar o festejo neste final de semana (29/06), a cidade receberá os shows de Simone Mendes e da dupla Bruno e Marrone.

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Bahia

Conhecida por suas ricas tradições culturais, a Bahia também se destaca no cenário junino. A Secretaria de Turismo do Estado (Setur-BA) projeta que mais de 1,5 milhão de turistas participarão das festas em diversas regiões, tanto na capital quanto no interior. Além das celebrações, quem vai à Bahia não pode deixar de visitar o Morro de São Paulo, um dos lugares mais bonitos do litoral baiano com águas cristalinas e cinco praias.

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Amazonas

Embora não seja uma festa junina tradicional, o Festival de Parintins, na Ilha Tupinambarana, acontece todo ano na mesma época que as celebrações de São João. O festival é uma competição entre os bois-bumbás Garantido (vermelho) e Caprichoso (azul), que apresentam performances com músicas, danças, alegorias e personagens inspirados em lendas amazônicas e tradições indígenas. Realizado no Bumbódromo, o evento atrai milhares de turistas e destaca a riqueza cultural da Amazônia, tendo grande importância econômica e social para a região

Foto: Reprodução/Lucas Silva/Secom AM

Além de serem eventos culturais de grande relevância, as festas juninas representam um motor econômico significativo para diversas regiões do Brasil. Assim, as celebrações impulsionam o turismo, geram empregos e promovem a economia local, ao mesmo tempo em que mantêm vivas as tradições populares. Com expectativas de participação e movimentação financeira tão expressivas, as festas juninas de 2024 prometem ser um marco na agenda cultural e econômica do país.

JBS, Marfrig e Minerva desmatam mais de 800 milhões de árvores em 6 anos

Mais de 800 milhões de árvores foram derrubadas na floresta amazônica em apenas seis anos para atender à demanda mundial por carne bovina brasileira, apesar dos graves alertas sobre a importância da floresta no combate à crise climática. Para se ter uma idéia estamos falando de 17.000 KM Quadrados é o equivalente a 16 Mil estádios do tamanho do Maracanã.

Uma investigação baseada em dados realizada pelo TBIJ, The Guardian, Repórter Brasil e Forbidden Stories mostra uma perda florestal sistemática e vasta ligada à pecuária.

A indústria da carne bovina no Brasil já havia se comprometido a evitar fazendas associadas ao desmatamento. No entanto, os novos dados revelam que 17.000 km² da Amazônia foram destruídos perto de frigoríficos que exportam carne para todo o mundo.

A investigação faz parte do Projeto Bruno e Dom da Forbidden Stories. Ela continua o trabalho de Bruno Pereira, especialista em povos indígenas, e Dom Phillips, jornalista do Guardian, que foram assassinados na Amazônia no ano passado.

O desmatamento no Brasil disparou entre 2019 e 2022 sob o governo do presidente Jair Bolsonaro, sendo a pecuária o principal responsável. A nova administração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva prometeu conter a destruição.

Pesquisadores da consultoria Aid Environment utilizaram imagens de satélite, registros de movimentação de gado e outros dados para calcular a perda florestal entre 2017 e 2022 em milhares de fazendas próximas a mais de 20 frigoríficos. Todos os frigoríficos eram de propriedade dos três maiores exportadores de carne bovina do Brasil – JBS, Marfrig e Minerva.

Para identificar as fazendas que provavelmente forneciam a cada frigorífico, os pesquisadores analisaram as “zonas de compra”; estas são áreas baseadas em conexões de transporte e outros fatores, e, quando possível, confirmadas por entrevistas com representantes das plantas. Todos os frigoríficos exportavam internacionalmente, incluindo para a UE, o Reino Unido e a China, o maior comprador mundial de carne bovina brasileira.

A pesquisa focou nos frigoríficos dos estados de Mato Grosso, Pará e Rondônia – importantes fronteiras de desmatamento associado à pecuária. É provável que o número total de desmatamento em fazendas que fornecem à JBS, Marfrig e Minerva seja ainda maior, pois eles possuem outras unidades em outras partes da Amazônia.

Nestlé e a empresa alemã de carnes Tönnies, que forneciam para Lidl e Aldi, estavam entre as que compraram dos frigoríficos destacados no estudo. Dezenas de compradores atacadistas, alguns dos quais fornecem para empresas de catering que atendem escolas e hospitais, também apareceram na lista de compradores.

Parte da carne enviada para a UE poderá violar as novas leis destinadas a combater a desflorestação nas cadeias de abastecimento. Os regulamentos adotados em abril significam que os produtos trazidos para a UE não podem ser associados a qualquer desflorestação ocorrida após dezembro de 2020.

Respondendo às descobertas, Alex Wijeratna, diretor sênior da ONG Mighty Earth, disse: “A Amazônia está muito perto de um ponto de inflexão. Portanto, esses números são muito alarmantes porque a Amazônia não pode se dar ao luxo de perder esse número de árvores… isso tem implicações planetárias.”

A eurodeputada Delara Burkhardt disse que as conclusões reforçam a necessidade de maior legislação global para combater o desmatamento: “A destruição da Amazônia não é um assunto apenas brasileiro. É também uma questão de outras partes do mundo, como a UE, o Reino Unido ou a China, que importam a desflorestação da Amazónia. É por isso que os países consumidores devem promulgar leis sobre a cadeia de abastecimento para garantir que a carne que importam é produzida sem induzir a desflorestação. Espero que a nova lei da UE contra a desflorestação importada seja um modelo a ser seguido por outros grandes importadores, como a China.”

A investigação constatou que 13 frigoríficos de propriedade da JBS estavam ligados a fazendas onde ocorreram desmatamentos, derrubadas ou queimadas. Para Marfrig e Minerva, foram seis e três, respectivamente.

A Nestlé afirmou que dois dos três frigoríficos atualmente não fazem parte de sua cadeia de fornecimento e acrescentou: “Podemos analisar as relações comerciais com nossos fornecedores que não estão compensadores ou são incapazes de preencher lacunas de conformidade com nossos padrões.”

Tönnies declarou: “Essas empresas brasileiras processam muitos milhares de animais por ano para exportação,” e alegou que não estava claro se a empresa havia recebido produtos de plantas associadas ao desmatamento.

Lidl e Aldi disseram que pararam de vender carne bovina brasileira em 2021 e 2022, respectivamente.

De acordo com uma análise separada do Guardian para o Projecto Bruno e Dom, estas três empresas abateram 5 mil milhões de dólares (4 mil milhões de libras) em gado nos estados da Amazónia em 2022. E têm sido repetidamente criticadas pela desflorestação comprovada nas suas cadeias de abastecimento ao longo da última década.

Outras empresas também são conhecidas por adquirir gado das mesmas zonas de compra.

Nos casos em que toda a cadeia de abastecimento de carne bovina pôde ser mapeada, o estudo encontrou mais de 100 casos de perda florestal em fazendas que abasteciam diretamente as fábricas da empresa desde 2017.

Mais de 20 quilômetros quadrados de floresta foram destruídos em uma única fazenda no Mato Grosso que vendeu quase 500 cabeças de gado para a JBS. A fábrica de carnes da JBS que processava esse gado vendeu carne bovina para o Reino Unido e outros lugares nos últimos anos.

 A fazenda Fazenda São Pedro do Guaporé, em Pontes e Lacerda, também esteve ligada ao fornecimento indireto de mais de 18 mil animais pelos três frigoríficos entre 2018 e 2019. No entanto, as três empresas disseram que atualmente não são abastecidas pela fazenda .

Mais de 250 casos de desmatamento foram atribuídos aos chamados fornecedores indiretos – fazendas que criam ou engordam o gado, mas o enviam para outras fazendas antes do abate. (Algumas fazendas atuam como fornecedores diretos e indiretos).

As empresas de carne há muito que afirmam que monitorizar os movimentos entre explorações nas suas complexas cadeias de abastecimento é demasiado difícil.

TBIJ, The Guardian e Repórter Brasil descobriram um dos primeiros exemplos concretos de lavagem de gado em 2020. Em seguida, a equipe, que incluía Dom Phillips, mostrou que vacas de uma fazenda sob sanção por desmatamento ilegal haviam sido transportadas em caminhões da JBS para uma segunda , fazenda “limpa”. Após a publicação da matéria, a JBS disse que deixou de comprar das duas fazendas, ambas de Ronaldo Venceslau Rodrigues da Cunha.

No entanto, nossa investigação descobriu que Da Cunha agora fornece a Marfrig, outro dos três grandes frigoríficos do Brasil. Uma de suas fazendas, a Fazenda Estrela do Aripuanã, no estado de Mato Grosso, ainda está sob sanções, mas continua fazendo parte da cadeia internacional de abastecimento de carne bovina.

Os registros mostram que, entre 2021 e 2022, quase 500 animais foram movimentados pela mesma rota investigada pelo TBIJ em 2020. O gado foi parar na mesma segunda fazenda “limpa”, a Fazenda Estrela do Sangue, que não tem embargos ou outras sanções ambientais.

Documentos separados mostram dezenas de animais se deslocando da Fazenda Estrela do Sangue para o frigorífico Tangará da Serra, da Marfrig.

No ano passado, outra investigação do TBIJ relacionou a usina Tangará da Serra à invasão da Terra Indígena Menku, em Brasnorte.

De acordo com os registros de embarque, a fábrica vendeu mais de £ 1 bilhão em produtos de carne bovina desde 2014 para China, Alemanha, Espanha, Itália, Holanda e Reino Unido.

Em nota, a Marfrig confirmou que recebeu gado de Da Cunha, dizendo: “A cada transação que faz, a Marfrig verifica a situação do gado fornecedor das propriedades. No momento do abate, a fazenda em questão atendia aos critérios socioambientais da Marfrig, ou seja, a propriedade não estava localizada em área com desmatamento, embargo ou trabalho forçado, nem em unidade de conservação ou terras indígenas.”

Acrescentou: “A Marfrig condena a prática denominada ‘lavagem de gado’ e quaisquer outras irregularidades. Todos os fornecedores homologados pela empresa são verificados regularmente e devem atender aos critérios socioambientais obrigatórios descritos na política vigente da empresa.”

A Minerva disse que “acompanha o estado das fazendas, garantindo que o gado adquirido pela Minerva Foods não seja originário de propriedades com áreas desmatadas ilegalmente; possuem embargos ambientais ou se sobrepõem a terras indígenas e/ou comunidades tradicionais e unidades de conservação”.

A JBS questionou a metodologia de “zonas de compra” utilizada na pesquisa e disse que bloqueou a fazenda São Pedro do Guaporé “assim que foi identificada qualquer irregularidade”. Quando questionado, não especificou a data.