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Explorando o Turismo LGBTQIA+ no Brasil: política e lazer

Explorando o Turismo LGBTQIA+ no Brasil: política e lazer

Em 17/05, foi instituído, no Brasil, o Dia Internacional contra a Homofobia, luta que se estende para as mais diversas esferas da vida daqueles que fazem parte da comunidade e de todos a sua volta. No Turismo, não é diferente. Mesmo um momento que deveria ser de lazer, deixando apenas memórias felizes, pode ser manchado pelo preconceito com a orientação sexual ou identidade de gênero dos viajantes. Mas destinos em todo o mundo estão atentos às demandas desse público e o Brasil não poderia ficar de fora. 

Desde 2008, a Lei Geral do Turismo, através de uma política nacional, incentiva a democratização e o acesso à experiência turística pelos diversos segmentos populacionais do país. O Plano Nacional de Turismo considera o respeito à orientação sexual e identidade de gênero, questões éticas e responsabilidade social, entre outros, reforçando o princípio da igualdade, principalmente quando o assunto é atendimento e bem-estar. Mas esse interesse é também econômico. Segundo informa a Organização Mundial do Comércio (OMT), o grupo movimenta cerca de R$14.7 bilhões anualmente, no mundo.

 

O papel do poder público

No ano passado, o Ministério do Turismo atualizou o material “Dicas para atender bem – turistas LGBTQIA+”, lançado em 2016. Com conceitos básicos sobre o universo queer, aspectos legais e dicas voltadas para melhoria no atendimento específico desse público. Entre elas, podemos pensar, por exemplo, nos quartos com duas camas de solteiro que são oferecidos para casais homoafetivos.

De acordo com as normas difundidas pelo poder público, faz parte de uma experiência segura e acolhedora conceder ferramentas de ajuda em situações de violência: manter contatos de serviços de proteção a pessoas LGBTQIA+ à vista é uma prática recomendada, como o Disque 100 para denúncias de desrespeito aos direitos humanos e o 180 para casos de violência contra mulheres, pessoas trans e travestis. 

Em meio a esse contexto, destinos no Brasil se destacam como referência para o turismo LGBTQIA+. São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte são algumas das cidades que não apenas acolhem, mas celebram a diversidade, proporcionando uma experiência inclusiva e enriquecedora para todos os viajantes. 

 

 

Na cidade mais populosa da América Latina

Com mais de 22 milhões de habitantes, São Paulo está entre as cidades mais diversas do país. Sede da maior parada do Orgulho LGBTQIA+ do mundo, que recebeu mais de 4 milhões de pessoas em 2022, a cidade se tornou conhecida pelo tamanho de sua comunidade. Por isso, esse é um dos destinos que conta com a maior variedade de espaços onde ela é bem-vinda.

Promovendo debates e diálogos por meio de arte e memória, o Museu da Diversidade Sexual foi pensado especificamente para esse perfil, sendo um espaço seguro de acolhimento e garantindo uma oportunidade para que outros grupos sociais conheçam as realidades e potenciais dessa minoria. Para curtir à noite, não faltam opções de festas e baladas receptivas ao público queer. A Rua Augusta, por exemplo, é um dos endereços que reúne opções para todos os gostos.

 

Na Cidade Maravilhosa

As belezas naturais do Rio de Janeiro atraem diferentes perfis de turistase não seria diferente com esse grupo. Para aqueles que querem garantir o bronzeado, as praias de Copacabana e Ipanema são conhecidas por seus quiosques amigáveis a pessoas de qualquer orientação sexual ou gênero, entre eles, o Quiosque Rainbow.

No Flamengo, a Praça São Salvador é uma ótima opção pós-praia por ser um dos locais preferidos do público gay na cidade. Outro ponto conhecido pela presença massiva do grupo é a rua Farme de Amoedo, em Ipanema. Com vários bares e restaurantes, é uma das opções para quem prefere tomar um drink e conversar.

 

 

Na capital nacional dos botecos

Nos últimos anos, a capital mineira vem despontando como uma opção escolhida pela comunidade LGBTQIA+. Um dos fatores é a popularização do bairro Savassi, região de classe alta que concentra uma variedade de opções receptivas, desde botecos à baladas. Frequentada pela turma não heteronormativa, a Rua Sapucaí também conta com boas opções para curtir a noite desfrutando a culinária regional.

Programações diferentes podem ser encontradas no Athenas Dancing Club e no Ursal. O primeiro realiza shows de drag queens e outros eventos voltados para a comunidade, enquanto o segundo promove sessões de cinema, acompanhadas de rodadas de dose dupla de drinks.

 

Salvador (BA), Florianópolis (SC) e Belém (PA) também surgem como opções de destinos receptivos à comunidade fora do Sudeste. Essas são as indicações do Hurb para o público LGBTQIA+ que deseja investir em uma viagem segura pelo país.

 

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